Won’t get fooled again é um clássico do album “Who’s
Next” da magistral banda formada por Pete Towshend, John Entwistle, Roger
Daltrey e, last but not least, Keith Moon, o mais alucinado baterista de todos
os tempos. Quando Townshend a compôs, vivia um momento proto-anárquico, meio
que recusando tanto o stablishtment quanto
o ativismo pura e simples. Em suma, com Won’t get fooled again o genial
narigudo dizia que estava de saco cheio de modelos prontos e acabados, e não
abria mão de cláusulas pétreas de sua própria vida. Prova de que ele falava
sério foi quando Michael Moore, aquele gordo meio chato, pediu que a música
fosse o encerramento de um dos seus filmes (não me lembro qual) e Pete recusou completamente
– e ainda pisou em cima.
Não, Pete não aceitava bancar o bobo de novo. O grito
visceral, quase primata, de Daltrey, precedendo a parte final da música,
mostrava dor e rejeição. Não, não aceitamos bancar bobos de novo. O Flamengo
tem que ser seu próprio modelo de organização, E acredito que hoje em dia isto
está sendo construído – mas tal obra leva o tempo dos que planejam e sentem na
carne as dificuldades. Não o tempo dos oportunistas. Digamos que a
transformação pela qual o Flamengo vai passar tem um interessante paralelo (e
convergente) com a pacificação das favelas do Rio de Janeiro: nos dois casos,
há um processo lento em andamento, lento por ser lento, e não por decisão. Nos
dois casos, há oposições aos projetos. Nos dois casos, a oposição se divide
entre bandidos perdendo o poder e “especialistas” com interesses políticos e
que cobram resultados imediatos como se estes fossem os únicos resultados
possíveis.
Nos dois casos, os avanços continuam, apesar de a
proximidade das eleições (no caso do Flamengo, as eleições estão sempre
próximas) criar fatos isolados com o objetivo de atingir o todo. Se na
Pacificação temos problemas sérios, que não cabe citar aqui, e que são
combatidos, na Transformação do Flamengo temos problemas de araque, que até podem
parecer o fim do mundo quando estamos no Estádio, mas que comparados ao
objetivo final, são quase nada. Citamos aí a existência do Wallace, a
contratação do Moreno, o João Paulo, o Cáceres, enfim, erros – mas que se fossem
usados para desqualificar um projeto inteiro, configuraria erro tão grande
quanto amputar uma perna por causa de uma unha encravada.
Você não interrompe todo um processo de pacificação
e de restauração do ambiente de negócios por causa de um mau episódio. Lide com
ele e siga em frente. Do mesmo jeito, não se interrompe uma longa caminhada em
direção a um clube por causa de um gol perdido do Hernane. Lide com ele e siga
em frente.
E ainda assim, volta e meia ganhamos de 4 de um
Criciúma e o Brocador faz dois. Ou seja: há que se ter paciência. Querer
destruir uma estrutura por causa de conjunturas perebas é o mesmo que bancar o
bobo. E me desculpem:
won’t get fooled again.
Publicado originalmente em minha conta do TECKLER e no Urublog
Era uma vez o maior time do mundo. De 1978 a 1983, este time
ganhou tudo e viveu, acredito, a melhor e mais longa fase positiva vivida por
um clube no mundo. Ganhou três vezes o campeonato mais difícil do mundo – o
Brasileiro – e chegou ao topo da América e do Mundo. Sua torcida tinha um rei
chamado Zico que, no fim de 1983, foi embora. Voltaria depois, mas sua saída
até hoje simboliza, de certa forma, como fator de passagem do tempo, o fim do
período.
O Flamengo, este maior time do mundo, claro que seria campeão
brasileiro depois – em 1987, em 1992 e em 2009.
Mas quando falamos da passagem do tempo e das consequencias
das transformações do ambiente externo em relação ao Flamengo, temos
dificuldade em fazer um diagnóstico simples. Nos detemos nos resultados do
futebol. Mas a crise do Flamengo tem um âmbito muito maior e mais global. Não
se trata apenas de entender que “presidentes e administrações ruins passaram e
acabaram com o clube”. Esta conversa parece ignorar que tivemos um Conselho
Deliberativo este tempo todo, a salvaguardar nossa constituição, ou seja, o
Estatuto.
A discussão pode e deve ir um pouco mais além da alternância
de poder. Precisamos tentar entender o cenário em que o Flamengo deixou de ser
a potência máxima do futebol mundial para se tornar um time que depende de
gestões. Sim: não podemos mais depender da qualidade de uma gestão. Grandes
marcas sobrevivem a CEOs mal escolhidos. Organizações ficam. Homens passam. O
Flamengo, com sucessivas gestões desastrosas (e algumas nem tanto, mas não cabe
aqui dizer quais), se tornou um clube...dependente de uma boa gestão. E esta,
nós não tivemos.
Vejamos: sabemos todos que a partir dos Jogos Olímpicos de
Los Angeles em 1984 houve finalmente o grande boom de investimento em Esportes.
Até então, é claro que havia marcas envolvidas, mas de forma mais institucional
– digamos, “British Petroleum” patrocinando clubes ingleses, e alguns casos no
Brasil de financiamento do uniforme. Mas até então, não se tem notícia de um
megacontrato nos moldes de hoje. Quando Los Angeles rompeu com esta “assepsia”
associando a marca olímpica a patrocinadores de peso como a Coca-Cola, é claro
que o cenário mudou para as edições seguintes dos JJOO.
Nos dias de hoje, a grana do patrocínio ultrapassa os 30% do
total da receita; em L.A. as cotas totalizaram US$ 160 milhões. A postura
norte-americana, de dar aos JJOO o viés de “entretenimento” (o importante não é
vencer, é faturar), mudou o cenário. A partir dali, o Esporte passou a ser
entendido definitivamente como business. Particularmente o futebol já vivia
esta tendência, pois já tínhamos valores altos de negociação de jogadores (que
se convertidos para valores de hoje não comprariam o Negreiros).
E quem havia saído do Flamengo em 1984? Zico, o modelo de
toda uma geração vencedora, mais que modelo, o exemplo. O clube já apelara para
patrocinadores para manter Zico antes e apelou para que ele voltasse. O
Flamengo era PIONEIRO nesta tendência. Mas houve um ponto de inflexão e o clube
descarrilou. Seguindo o raciocínio do João Henrique Areias, podemos dizer que
descarrilou por três motivos: Centro de Treinamento, Estádio e Formação –
gestões temerárias que não deram logo esta santa trindade ao clube.
E tínhamos ainda craques se formando – mas eram craques como
Djalminha, Nélio, os “gaúcho’s boys”. Nesta fornada, o “ethos” da formação do
jogador rubro-negro começava a deixar a ser o de Zico (sujeito exemplar,
honrado, ético, decente, casado com a mesma mulher a vida inteira, mulher de
respeito) e passava a ser o ethos do jogador típico deste novo cenário em que o
futebol era chamado de “Esporte de Alto Rendimento”. O “craque” da Era do
Dinheiro precisava ter carro, marra de cão, deveria andar com mulheres de
reputação duvidosa e não esbanjava compromisso.
Ora, nada mais Flamengo do que o Zico. E nada menos Flamengo
do que algo que seja contrário ao Zico. Este “ethos” de formação foi se
propagando e perpetuando. Nos dias de hoje, jogador com 19 anos está postando
foto no Instagram com luzes no cabelo – daí para baixo. E ao longo destes anos
todos desde os Gaúcho’s Boys (a quem devo reverência pelo título de 1992) o que
vemos é um Valor distorcido associado ao fato de pertencer ao Flamengo: é a
Marra que deveria ficar (obrigatoriamente) restrita ao torcedor e ao
centroavante do time (caso tivéssemos um, por exemplo). Garotos chegam e, por
jogarem no Flamengo, se sentem como acima dos outros.
Ou você nunca se perguntou como um Santos pode descobrir
Robinho (que eu dispenso, mas é melhor que a maioria dos atacantes que formamos
desde 1992) e Neymar e o Flamengo tem que festejar, digamos, um, bem, vocês
sabem quem? Como o Botafogo consegue chegar a Vitinho e o tal Yuri, e o
Flamengo tem que ir lá não sei onde achar o Hernane?
Eu dei exemplos recentes. Mas isto vem acontecendo DESDE A
DÉCADA DE 1980. Ora, tivemos hiatos vitoriosos. Tri estadual duas vezes. Duas
Copas do Brasil. Um Brasileiro. Uma Mercosul conquistada na base da raça.
Mas...se você fosse estrangeiro e tivesse que falar sobre o Campeonato
Brasileiro NO MESMO TOM com que falamos do Italiano ou Espanhol, você colocaria
o Flamengo numa posição semelhante a que Inter e Milan (italiano) e Barcelona e
Real (espanhol)? Você apostaria que no campeonato de 2016, por exemplo, o
Flamengo estará na primeira divisão e será UM DOS FAVORITOS (como podemos falar
do Barcelona, por exemplo)? Claro que não. Porque há anos que, salvo algumas
exceções, começamos o Brasileirão sem muitas expectativas. Até mesmo em 2009
demoramos para entender que iríamos levar.
Isto se deve a uma coisa chamada Reposicionamento. O
Flamengo, por aqueles fatores citados anteriormente (má-gestão, falta de
atenção ao cenário internacional, falta de CT, Estádio e Formador, ethos
fanfarrão), foi reposicionado como uma marca pouco confiável, como um time que
pode ir ou não pode ir. É um time que os nossos vizinhos de língua espanhola
nunca sabem dizer se vai estar na Libertadores! E o certo seria disputarmos
(não necessariamente ganhando) todos os anos. O Flamengo não sobreviveu a estes
fatores que mencionei entre parênteses – ou melhor, sobreviveu, mas virou um
clube de fases. E não uma cláusula pétrea.
Além de todos estes fatores, é preciso entender: se empresas
sólidas, com atuação há décadas no mercado, procuram o Flamengo para associar
suas marcas ao Rubro-Negro, é normal imaginar que o mesmo aconteceria com
indivíduos. Só que estes, nem sempre querem uma joint-venture. Querem tirar o
que puderem desta marca consumida por 40 milhões de pessoas (fora os arco-íris)
– seja com venda de ingressos, seja com comissão aqui e ali. Esta adesão de
pessoas interessadas em perpetuar poder e obter benesses é uma das doenças mais
graves do clube.
Me diga a verdade: é nova a frase “estes caras não são
dignos de vestir a camisa do Flamengo”? Só agora apareceu “esta diretoria vai
rebaixar o Flamengo”? A frase “este é o pior time da história do Flamengo” é
algo que você ouviu pela primeira vez este ano? Pereba é algo que o Flamengo só
tem agora? Negreiros, Delacir, Luvanor, Rivera, Dill, Dimba, Rubens, Messias
(só para citar alguns) são muito melhores do que estes de agora.
Sabe por que essas frases são frequentes? Porque o Flamengo
foi “reposicionado”. E junto com ele, os grupos de interessados em sobreviver
às custas de sua marca fantástica.
Não escrevo para defender a atual gestão. Sei que cometem erros.
Sei que o diretor de futebol já se mostrou inadequado – o Pelaipe contratou
muito mal, sabemos disso. Não tenho a menor dúvida de que escapar do
rebaixamento deve ser um objetivo mais do que sagrado – afinal, continuamos a
ser o único clube do Rio a não ter caído para a segunda divisão. Isto é
essencial e, a meu ver, faz parte do....Reposicionamento. Sim, isto mesmo.
Estamos passando agora pelo mesmo processo. É obtenção da CND, é pagamento de
dívidas, é salário que não atrasa. São os passos que precisavam ser dados. Nos
últimos 30 anos, nos “reposicionamos” de clube Master para clube Irregular. E o
que vivemos agora é, sim, o conserto do prédio, que estava torto. Este
Reposicionamento é essencial para deixarmos este status de clube que depende do
Adriano ou do Acaso para ser alguma coisa.
Não pensem vocês que eu não dei soco na mesa ao ver o Elias
perder o gol contra o Náutico; não pensem que estou morrendo de amores pela
Chapa Azul se for levar em consideração os vexames do Brasileiro. Só que
enxergo uma diferença: antes apanhávamos de 6 a 2 do Paraná, de 5 a 0 do
Coritiba (duas vezes), de 5 do Vitória. E as coisas não pareciam apontar para
um futuro com o Flamengo em outro patamar. Nada mudava. Só a dívida – que
crescia.
Vejo uma possibilidade. Um sinal de mudança. E, acredito –
muitos vão usar o resultado ruim do futebol para defender o retrocesso. É uma
tentação de torcedor, um daqueles “atalhos” que nos levam longe...de onde
queríamos chegar.
Uma vez, lancei uma campanha no nada saudoso Orkut: “Eu quero
meu Flamengo de volta”. Eu estava errado. O meu Flamengo nunca foi embora. Meu
Flamengo é esse, todo errado, que não sai da lama, mas que agora tem uma
chance. Uma chance de mudar, de melhorar, de dar um salto qualitativo, de
começar a revelar gente boa no futuro, de disputar Libertadores todo ano.
Estamos nos reposicionando. Precisamos, todos, torcedores e sócios, entendermos
este momento – e perceber que é impossível voltar atrás. Para a frente temos o
futuro. Atrás, o caos.
Nestes momentos de crise, é muito comum que o Flamengo – instituição mais sólida, perene e onipresente do mundo – tenha sua identidade diluída entre protestos divergentes de torcedores e o alarido dos colunistas especializados em futebol (dentre os quais eu jamais me incluo, visto que minha especialidade está em outro campos – e já alerto o leitor quanto a isso). Eu digo diluída, mas nunca dissipada. Porque o Ser Flamengo é um traço de personalidade e ideologia tão forte que, por mais que os momentos estejam contra, há algo que nos une que é imensamente maior do que o que quer que venha a nos separar (frase do Papa Paulo VI que eu tenho a mania irritante de citar).
Recorro ao filme CASABLANCA, DE Michael Curtz, com o lendário Humphrey Bogart e a linda Ingrid Bergman. Não falo da famosa cena do piano, em que Dolley Wilson toca As time goes by, cena aliás em que a famosa frase “Play it again, Sam” NÃO é dita. Me refiro especificamente à cena fantástica em que, diante do comportamento vil dos nazistas (e os há no Flamengo, vendilhões expulsos do templo, aguardando o momento ruim para retornar) numa estalagem, todos os franceses, exilados, longe de casa, no Marrocos, começam a cantar La Marseillaise. Uma resposta magistral aos hinos fascistas que um grupo de oficiais entoava, em flagrante desrespeito àqueles que sofriam longe de casa, expulsos pela ocupação em Paris. Se você nunca viu Casablanca, e não conhece a cena, perca 1 minuto e 56 segundos e veja agora, antes de continuar a ler.
Este sentimento tão bem retratado no filme é uma contradição humana das mais simbólicas e poéticas: a de que a vida humana é menos importante que a sua identidade, que o Ser. Na cena, os franceses preferem correr o risco de serem presos ou mortos (ou ambos) a se calarem diante dos hinos, a renunciarem a sua verdadeira identidade. Os franceses no famoso bar de Bogarde gritam Vive la France porque percebem que perder sua identidade é pior do que a morte.
O meu sentimento em relação à escolha de Jaime de Almeida para comandar o Flamengo é como o dos franceses nesta cena histórica: sei que é arriscado, sei que pode vir a morte, mas entendo que neste momento é FUNDAMENTAL ser Flamengo. Percebi nas redes sociais um certo mimimi muito pouco afeito às cousas rubro-negras, dando conta de que “não podemos ter um iniciante” ou “ele não está preparado”. Dentro de uma construção lógica, estes argumentos estão certos. Mas o futebol e, particularmente, o Flamengo, não são necessariamente ancorados em lógicas – demandam por vezes uma espécie de Inteligência Emocional.
Ao escrever o TESTES DE MACHO (registre-se, inspirada na página de mesmo nome do Facebook, que não é de minha autoria) comparando Abel Braga e Jaime, o que desejei foi chamar a atenção para a nossa Marseillaise, ou seja, o nosso Rubro-Negrismo. A essência de ser do Flamengo. É claro que tivemos outras experiências ruins com “prata da casa” como técnico – cito a do grande zagueiro Rogério Lourenço, que foi mal como técnico, e mais recentemente o espetacular lateral Jorginho, que também errou muito. Mas estes, quando exerceram o cargo, não estavam em vigor os “cânticos nazistas”, não havia nazistas numa sala tocando piano e cantando. E neste momento em que a atual gestão rubro-negra tenta, como citei em outro texto, fazer um Reposicionamento de Marca, há alguns que sempre viveram às custas do sangue do clube que estão começando a urrar e bradar seus cânticos profanos.
Junto a isto, Jaime nos diz que “Zico telefonou, assim como Adílio, etc”. Se algum dos senhores conhece algo mais Flamengo do que isto, me informe.
É claro que pode dar errado – e dizendo isto me antecipo àqueles que, mão dobrada na cintura e dedinho apontado, lembrarão os casos anteriores. E não, não acho justo com o Jaime lembrar casos semelhantes de aproveitamento de gente da casa, como CARLINHOS EM 1987 E 1992 e ANDRADE EM 2009. Não pretendo difundir a ideia de que temos alguma chance neste Brasileiro.
O que quero basicamente dizer é que com Jaime estamos cantando nossa Marseilaise. Estamos fazendo a única coisa que SÓ NÓS podemos fazer: SER FLAMENGO. Cabe a nós dar total apoio a Jaime e Cantarele, cabe a nós empurrar esse time ruim mas que pode se transformar em um time ruim e raçudo – como tantos que já tivemos. Basta que eles, os jogadores, também aprendam a ser Flamengo. E acredito sinceramente que, tal como na cena de Casablanca, Jaime pode ser o Bogarde que vai pedir para os músicos tocarem mais alto, mais forte.
Seja bem-vindo, Jaime. FORMEZ LE BATAILLON!
PS – Para quem não leu no Facebook, o TESTES DE MACHO comparando Abel e Jaime. Ressalto que nada tenho contra o Abel Braga, é uma peça de humor. E, claro, inventei algumas coisas do Jaime, como essa da marmita.
TESTES DE MACHO/TORCIDA DO FLAMENGO ABEL BRAGA X JAIME DE ALMEIDA
Abel - Se formou no Vasco ou no Fluminense, depois jogou ou no Vasco e ou no Fluminense (sei lá) e ainda participou de troca-troca
Jaime – Nascido e criado no Flamengo, o pai foi auxiliar, há quem diga que ele não sai da Gávea há 20 anos
Jaime 1 a 0
Abel – Seu último time foi o Fluminense
Jaime – Nunca fez nada no futebol que não fosse pelo Flamengo
Jaime 2 a 0
Abel – Fez cuzinho doce quando foi sondado, falou em “férias” e depois fez charminho dizendo que “gostou do projeto”
Jaime – Se apresentou para a missão, se confessou emocionado quando foi efetivado e ainda tirou onda geral dizendo que o Zico e o Adílio ligaram para ele
Jaime 3 a 0
Abel – Jogou com Guina, Edinho, Dinamite
Jaime – Jogou com Zico, Doval, Fio Maravilha, Manguito, Merica e Liminha, só ferrabrás sinistrão
Jaime 4 a 0
Abel – Apareceu em materinha suave e positiva de lado humano, tocando piano
Jaime – Não gosta de aparecer nem em lista telefônica
Jaime 5 a 0
Abel – Em seu último time, vestiu camisa da Unimed, plano de saúde de rico
Jaime – Já arrancou dente dolorido em posto de saúde do antigo INPS
Jaime 6 a 0
Abel – Sua única participação na história do Flamengo foi deixando o Rondinelli se apoiar no ombro dele para fazer um golaço em 1978
Jaime – Zagueiro, lateral, líder, fez de tudo em campo e quando se aposentou continuou na Gávea porque se recusou a procurar a saída
Jaime 7 a 0
Abel – Almoça em restaurantes finos bebendo vinho tinto e se deixa fotografar fazendo isso
Jaime – Come de marmita entregue pela tia de uma pensão ali perto da Gávea e volta e meia abre a panelinha de cima e reclama, “pô, bife rolê de novo?”
Jaime 8 a 0
Abel – Perdeu a Copa do Brasil pro Santo André quando esteve no Flamengo
Jaime – Foi campeão em 1974 e 1978 pelo Mengão e esse ano ainda não perdeu pelo Mengão
Jaime 9 a 0